sábado, 26 de novembro de 2011

Férias no Algarve - A despedida

Os dias seguintes foram passados entre noitadas e praia, com muito sexo pelo meio. Saía com a Ana para a noite, mas depois separávamo-nos. Depois do sucedido na primeira noite, optamos sempre por levar as nossas conquistas para o nosso apartamento. Era divertido estar enrolada com um homem e ver a Ana a entrar no quarto com outro, fazer uma careta e ir para a sala. Era excitante estar a ser possuída e ouvir os gritos dela. O contrário também aconteceu, mas eu era mais atrevida. Ao ver a Ana nua, entregue a um homem, eu largava o meu, ia ter com ela à cama e beijava-a, deixando os dois machos ainda mais loucos.
Tivemos também uns casos fugazes nas idas à praia, que terminavam com rapidinhas no parque de estacionamento, ou debaixo das arribas.
Contudo, já no último dia, tive o melhor sexo daquelas férias. Não pela intensidade do prazer em si mas porque, nunca como naquele dia, me senti tão puta. Nem quando fodi com um homem casado tive tal sensação.
Meio da tarde. A praia cheia. Era difícil encontrar um metro quadrado de areia para estender as toalhas. Quando vimos um pequeno espaço, corremos até ele, sem reparar que junto a nós estavam dois homens lindos, sexys e super atraentes. Já tinham um certo ar maduro, provavelmente, perto dos quarenta.
Estendemos as toalhas, arrumamos as nossas coisas e despimo-nos. Como sempre, tiramos a parte de cima dos bikinis, exibindo as nossas mamas orgulhosas e ainda desafiantes à gravidade. Só nessa altura reparamos em dois pares de olhos sedutores que nos devoravam de alto a baixo.

- Estás a ver o mesmo que eu? – sussurrei.

- Sim, é a nossa próxima foda. – respondeu a Ana.

- Mas já viste bem? Eu não sei se aguento até ao apartamento… eu quero comê-los aqui!

- Eu também estou cheia de tesão, mas aqueles corpinhos merecem ser bem aproveitados…

- Faz como quiseres. Eu vou avançar.

Procurei o tabaco na mala e fingi não encontrar o isqueiro. O truque era velho, mas foi o primeiro que me ocorreu.

Quando me aproximei dos meus alvos, praticamente atirei as mamas para os olhos do que estava mais perto:

- Podem-me arranjar lume?

E um isqueiro acende-se de imediato.

- Obrigada.

E voltei para o meu lugar, desta vez bamboleando o meu rabo adornado por um diminuto fio dental.

Quando terminei o cigarro, o dono do isqueiro aproximou-se, com o objecto incendiário na mão:

- Presumo que vá ficar aqui toda a tarde e vá fumar mais… tome, ofereço-lhe!

- Obrigada, mas não costumo aceitar presentes de estranhos.

- Não seja por isso… André! – disse, estendendo-me a mão.

Levantei-me para retribuir o cumprimento. Coloquei-lhe uma mão no pescoço e, após um beijo na face direita, respondi:

- Marta…

- Muito prazer…

- Acredite que sim…

Convidei-o a sentar-se a partilhar a minha toalha. Não foi preciso dizer nada à Ana, para ela se levantar e ir fazer companhia ao outro homem. Ao fim de 10 minutos estavam ambos a arrumar as coisas e a irem embora.

- Parece que a sua amiga e o meu amigo vão passar um resto de tarde interessante…

- Sim, tenho pena do seu amigo.

- Então?

- Se bem conheço a Ana, ela só vai parar quando ele não tiver mais nada para dar… se é que me entende…

- Perfeitamente… e você também é assim?

- Tem dias…

- Hoje é um desses dias?

- Não… hoje apetece-me algo diferente…

Nesta altura, não me saía da cabeça o que se tinha passado, dias antes, naquele mesmo local, quando me masturbei dentro de água.

- André, siga-me…

Caminhei em direcção à água, sempre à frente dele. Esperei que ele chegasse ao pé de mim. Beijei-o e… meu deus! Nunca tinha sentido uma boca como aquela. Firme, decidida, intensa. De imediato imaginei-a a devorar-me a coninha. Ao mesmo tempo, senti algo a crescer-lhe nos calções. Sem me preocupar com as milhares de pessoas na praia, agarrei a sua intumescência e disse-lhe:

- Quero-o dentro de mim… agora!

Os seus olhos não demonstraram surpresa, mas determinação.

Entramos dentro de água, até um ponto em que, tínhamos pé mas a água já cobria grande parte dos nossos corpos. Enleei os meus braços em torno do seu pescoço e as pernas em torno da cintura. Sem parar de o beijar, senti o meu fio dental ser arrumado para o lado, expondo o meu interior. Poucos segundos depois ele entrava dentro de mim. Deixei descair a cintura para que ele pudesse penetrar mais fundo. E ali ficamos, entre movimentos embalados pelas ondas, beijos, carícias, até sentir o meu ventre invadido por um, dois, três… cinco jactos quentes. As mãos firmes do André continuavam a aprisionar as minhas nádegas e não me largou até sentir que também eu explodia de prazer, mordendo o seu ombro para não gritar.

Voltamos a terra. Sequei-me e vesti-me.

- Já vamos embora? – perguntou-me.

- Eu vou embora. Tu fazes o que quiseres. Por mim, hoje, chega.

- Posso ao menos ficar com o teu número?

- Não… já tiveste o que muita gente queria e não conseguiu.

Beijei-o e saí dali.

Não foi preciso entrar no apartamento para ouvir os gritos desvairados da Ana. Desta vez nem fui ao quarto espreitar. Deitei-me no sofá da sala, masturbei-me imaginando-me possuída, novamente, pelo André e depois adormeci.

7 comentários:

  1. Bela despedida. Também já me saiu essa rifa no mar, em plena praia, e sabe muito bem.
    Gosto do teu sentido de emancipação e de controlo, pela maneira como resolves (leia-se "despachas") os assuntos. Auto-estima em grande, hm?

    Homo Erectus

    ResponderEliminar
  2. Obrigada!

    Digamos que tenho motivos para isso...

    ResponderEliminar
  3. Ainda bem! É bom saber que, numa altura de crise-disto-e-daquilo, há mulheres capazes de fazer arrebitar a... moral! :D

    Homo Erectus

    ResponderEliminar
  4. E homens!
    Se, no geral, mas pessoas pensassem mais em sexo, seríamos todos muito mais felizes!

    ResponderEliminar
  5. Olá Princesa Marta. Este blogue tem a melhor escrita erótica que conheço na net; parabéns!

    Apenas uma duvida me assiste: será mesmo auto-biográfico como aparenta ou resulta apenas do talento e imaginação/fantasia da autora?

    De qq forma , parabéns!

    ResponderEliminar
  6. Olá Anónimo!

    Obrigada pelas tuas palavras :)

    Bem... há partes que são reais e auto-biográficas... outras que são ficção.

    E mais não digo...

    Beijinhos*

    ResponderEliminar
  7. Bem, eu cá acho que as pessoas já pensam muito em sexo. Cada vez mais, aliás. Provavelmente, não pensam é da mesma forma que tu, Marta. Se o fizessem, talvez fossem mais abertos e descomplexados... e até mesmo mais felizes. Como tu és, imagino! Sortuda! :)

    Homo Erectus

    ResponderEliminar