segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

À janela...

O Professor tornou-se a minha queca regular. Aproveitávamos cada oportunidade e eu aproveitava para domar aquele instinto animal. O gabinete dele era o nosso principal local de encontro, mas também arriscamos no parque de estacionamento da faculdade, nas escadas da saída de emergência, no elevador do prédio dele, nas escadas do prédio dele e, claro, no apartamento dele.
Um dia, véspera de feriado, convidou-me a passar a noite com ele. Na manhã seguinte, ao acordar, vesti a camisa dele e dirigi-me à janela. Lá fora a cidade adormecida até mais tarde, começava a dar os seus primeiros e tímidos passos. Abri a janela para aspirar os odores matinais e acedi um cigarro. Na cama, o Professor dormia, exausto da louca noite nos meus braços. O quarto cheirava a suor e a sexo. Agora, cheirava também a cidade e a tabaco.
Quando terminei o cigarro, voltei para a cama, deixando a janela aberta. O barulho do exterior despertava lentamente os sentidos do Professor. Beijei-o. A resposta foi um “bom dia” cansado. Levantou-se e desapareceu na casa de banho. Bastou um nova visão daquele corpo perfeito para ficar novamente inundada de desejo. Nunca nenhum homem, ou mulher, tinha despertado em mim tanta vontade de foder.
Enquanto esperava por ele, fixei o meu olhar na janela. “Porque não?” pensei.
Voltei para junto da janela aberta e aguardei.
O corpo regressou, exibindo de frente o pénis flácido, contudo orgulhoso e preparado para nova contenda.

- Vem cá! – disse eu, como se fosse preciso…

Mal chegou ao pé de mim, ajoelhei-me e tratei de preparar convenientemente o membro que eu queria dentro de mim.
Quando o senti bem duro e já o Professor dava sinais de uma intensa excitação, virei-me de costas e ofereci-lhe o meu rabo para que me penetrasse, debruçando-me no parapeito. Lá fora a cidade ganhava a vida própria de uma manhã de feriado. Dentro de mim, o pénis do Professor dançava num vai e vem suave, intenso. Agarrou-me as mamas e colou o seu rosto ao meu. Juntos apreciávamos aquele preguiçoso amanhecer citadino, enquanto os nossos corpos se uniam. Na rua continuava alheia ao nosso prazer, apesar da distância relativamente curta face ao apartamento, situado num segundo andar.

- Tu és doida, sabias?
- E ainda consigo ser mais…

Libertei-me dele e voltei-me. Sentei-me no parapeito e abri as pernas, convidando o Professor a uma nova posição.
Entrou de novo em mim mas, desta vez, com os movimentos frenéticos e animalescos que caracterizavam o seu estado máximo de excitação. Ali, naquele parapeito, excitados pelo exibicionismo a que nos propúnhamos, tivemos o nosso último orgasmo juntos…

6 comentários:

  1. O último orgasmo juntos? Porquê? Não me digas que caíste da janela! Eh eh eh!

    Homo Erectus

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  2. Aproveitaste, portanto, esta "janela de oportunidade" para mudar de onda. Fizeste bem. :)

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  3. Sim... não gosto de surfar na mesma onda muito tempo...

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  4. OK, já percebi. Ondas diferentes, mas sempre bem molhada.

    Homo Erectus

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