quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O Pai (parteI)

No dia seguinte conversamos com mais calma e a Ana contou-me que, uma vez, tinha ouvido o irmão a fazer amor com uma namorada dele e que, a dada altura, ouviu “Já te vieste?”. Passado pouco tempo acabaram.
A experiência com o irmão da Ana aumentou em mim as certezas de que a minha virgindade deveria ser entregue a um homem mais velho e experiente.
Ao comentar isto com a Ana ela responde de imediato: “Não me digas que, depois de mim, depois do meu irmão, queres comer o meu pai!”
Ela riu-se e notei que estava a brincar, mas a ideia ficou-me presa na cabeça. O pai da Ana tinha tudo o que as mulheres querem: rico, charmoso, bem constituído, culto e divertido. “Porque não?”, pensei. As minhas idas a casa da Ana eram frequentes, mas nunca tinha olhado para ele com outros olhos para além de pai da minha melhor amiga. Mas, depois do gracejo da Ana, fiquei a ponderar a questão. Afinal, era homem e eu, apesar de ter idade para ser filha dele, tinha corpo de mulher, não seria difícil despertar-lhe desejo, se é que tal já não teria acontecido.
Decidi atacar, mas com imensas cautelas, dado que estava muita coisa em jogo. Não seria difícil ter oportunidades de estar sozinha com ele. Muitas vezes era ele que me ia buscar ou levar a casa. Mas qual seria a sua reacção ao ser seduzido pela melhor amiga da filha? Poderia por em causa a minha amizade com a Ana? Era necessária uma abordagem inteligente e madura.
Em primeiro lugar, era necessário reter o olhar dele no meu corpo. Comecei a vestir-me de forma mais insinuante que nunca nas minhas visitas à Ana. A Ana não desconfiava pois, para além de saber como eu era, ficava doida ao ver-me “semi-nua” ao entrar em casa dela.
Usava tops decotados e largos, sem soutien, de modo que, ao curvar-me ligeiramente, poderia exibir os mamilos.
Quando jantávamos ou nas viagens de carro, procurei sempre meter conversa com assuntos que o interessassem. O pai da Ana era cirurgião, bem sucedido e era fácil perguntar-lhe sobre como tinha corrido a última operação ou sobre as perspectivas para as próximas intervenções. Fomos, com o tempo, criando alguma confiança.
Numa certa noite em que dormi com a Ana, acordei de madrugada com fome. Eu era da família e tinha liberdade para usar e abusar da dispensa e do frigorífico. Sempre que dormíamos juntas, fazíamo-lo sem qualquer peça de roupa. Contudo, para ir ao WC ou passear pela casa eu lá vestia uma tshirt e uns calções. Nessa noite, como era tardíssimo, vesti apenas uma t-shirt comprida, mas que não me cobria a totalidade das nádegas. “Não deve estar mais ninguém acordado a esta hora”, pensei. Ao descer as escadas vi a luz da cozinha acesa. Primeiro fiquei constrangida pelo meu preparo, mas depois pensei: “Se for a mãe, não há crise, estamos entre mulheres; se for o irmão, dá para brincar com ele; se for o pai… é o meu dia de sorte”.
E era mesmo.
Estava sentado à mesa, em tronco nu, bebendo um copo de leite. Usava boxers justos, pretos. Só esta visão fez-me sentir um arrepio e os meus mamilos dispararem, como que a quererem furar a t-shirt. Estava junto ao homem ao qual eu queria entregar-me, apenas como uma peça de roupa cada um…

Pus o meu ar mais ensonado e simultaneamente inocente.

- Boa noite, Sr. Gustavo.

- Olá, Marta. Já te disse que podes tirar o “Sr.”

- Oh… desculpe mas não consigo.

- Insónias?

- Fome. E pelos vistos não sou a única.

- Como já te disse, tenho tido umas operações longas e ando com os sonos meios trocados. Estás à vontade, serve-te do que quiseres.
Eu sabia muito bem do que me queria servir, mas dirigi-me ao frigorífico. Abri a porta e curvei-me. Sabia que a t-shirt ia subir e mostrar tudo ao Gustavo. Ele viu, mas fez de conta que não. Contudo, atirou:

- Acho estranho… não teres namorado.

- Vou namorando. – respondi ainda com a cabeça “dentro” do frigorífico. – Mas porque diz isso?

- Não me interpretes mal mas… és muito bonita, inteligente e com uma maturidade pouco própria da tua idade.

Peguei num iogurte e voltei-me para ele:

- Nunca tomo a mal os elogios. Acho que o Sr…. o Gustavo está a exagerar. Sou uma rapariga como as outras. Além disso, o rapaz que quiser namorar comigo, a sério, vai ter que cumprir certos e determinados critérios.

- Ai sim? Posso saber quais?

- Claro. Tem que ser mais velho, experiente e que me procure agradar de todas as formas. Quando estiver comigo, em qualquer situação, tem que ser seguro e saber o que está a fazer.

- Tens razão, isso é muito importante.

- Os rapazes da minha idade, e mesmo um pouco mais velhos, são demasiado ansiosos… em todos os aspectos… se é que me faço entender.

- Sim.

Sentei-me junto a ele e cruzei as pernas. É claro que ele já tinha visto muito mais. Era altura de saber se queria usufruir, ou não.

- Sabe… há algo que gostaria de conversar com alguém, mas é difícil. O Gustavo é médico, penso que me posso abrir consigo…

- Já sabes que estás à vontade.

Resumi-lhe a minha vida sexual, omitindo as referências às brincadeiras com a filha dele. Pela primeira vez senti como qualquer homem, mesmo o mais íntegro e de personalidade vincada, se desfaz completamente perante uma mulher que se insinua. Bastou o relato das minhas aventuras para que abandonasse aquela postura séria de cirurgião e se derretesse completamente. Para além disso era visível a enorme erecção que despontava pelos seus boxers.

“Tenho a certeza que, quando sairmos daqui, vai para o WC.”, pensei enquanto aguardava o seu comentário ao meu relato.

- Bom… como tinha dito antes, estás mesmo à frente da tua idade. Compreendo tudo o que dizes, mas será difícil encontrares um homem que cumpra os teus requisitos. Afinal, ainda és menor e…

Interrompi-o:

- Por acaso acho que já encontrei esse homem…

Já não era o meu ar ensonado e inocente, mas sim o sedutor. Proferi esta frase olhos nos olhos.

Levantei-me, virei-lhe costas e disse:

- Até amanhã…

Sabia que estava de olhos colados no meu rabo, por isso caminhei lentamente.
Ao chegar à porta, virei a cabeça por cima do ombro e olhei-o novamente.
Ele estava na minha mão.

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