domingo, 30 de outubro de 2011

A revelação

Apesar da excitação, nos tempos seguintes a esta noite, sentia-me estranha ao entrar em casa da Ana. Se já era estranho envolver-me com pai e filha, mais estranho se tornava ao saber que a esposa e mãe, não só, permitia a traição do marido, como também o incentivava e se excitava com isso.
Sabia que, a qualquer momento, poderia receber a SMS a combinar o tal encontro no consultório. Passaram-se dias, semanas até, e nada… Teriam desistido da ideia?
Entretanto, com tudo isto, comecei a sentir-me desconfortável com a Ana. Sentia que a estava a trair, ao envolver-me nos jogos sexuais dos pais dela. Na verdade, eu traí-a desde o primeiro momento com o pai dela. E a Ana, não ficou indiferente à minha nova atitude:

- Que se passa querida? Tu não andas bem…

Não sabia o que lhe dizer. Apetecia-me contar-lhe tudo, correndo o risco de a perder como amante e como amiga. O final do ano lectivo aproximava-se. Íamos para o 12º e depois para a faculdade. As coisas não voltariam a ser como dantes, portanto, decidi arriscar. Contei tudo. A Ana escutou em silêncio. Quando terminei, continuou em silêncio, de olhos no chão.

- Então? Não dizes nada? Diz qualquer coisa… diz que me odeias, bate-me, insulta-me… mas reage!

Levantou os olhos lentamente e fitou-me:

- Marta, o que farias se me ouvisses dizer que ando enrolada com o teu pai e que a tua mãe é uma depravada? Estou sem reacção. Não te vou bater, nem dizer que te odeio, porque eu amo-te! Mas não te consigo olhar com os mesmos olhos. Enquanto eu dormia nesta cama, a sonhar contigo, tu eras enrabada pelo meu próprio pai! Tu viste os meus pais a foderem e masturbaste-te a assistir! Marta, o que queres que pense, diga, faça?

Ela tinha razão e eu sentia-me reles e baixa a cada palavra dela. Continuou:

- Preciso pensar, assentar as ideias… O meu pai já marcou encontro contigo no consultório?

- Não…

- E tu vais?

- Vou… eu preciso disto, é quase como um vício! Chama-me puta, tarada, depravada, ninfomaníaca, mas eu não posso viver sem sexo.

- Caramba… sabes muito bem que não me importo que andes enrolada com gajos e até com outras miúdas. Eu sei como tu és, porque também sou um pouco assim. Mas com o meu pai? A minha mãe?

- Perdoa-me…

- O que há para perdoar? O meu pai é um homem como outro qualquer. Se não fosse o meu pai, ia ser o pai de outra miúda qualquer…

E os seus olhos encheram-se de lágrimas. Por contágio, pena, remorsos, amor, chorei também. Recomposta, a Ana continuou:

- E agora, como vou olhar para os meus pais? Provavelmente, tu não és a primeira a entrar nas cenas deles…

- Vê o lado positivo! Estão casados há anos e conseguem manter a chama acesa! Quantas mulheres com a idade da tua mãe nunca tiveram um orgasmo? Eu pude ver a química sexual que há entre eles. Dão prazer um ao outro, amam-se… de uma forma que pode parecer estranha e pouco convencional, mas amam-se!

Não sei como estas palavras saíram da minha boca. Nunca tinha pensado nisso até àquele momento.
Seja como for, pareceram bater fundo no coração da Ana:

- Sim… é verdade… pensado bem, prefiro saber que eles “swingam” contigo do que com outra qualquer… mas não deixa de ser estranho.

Sorri.

- Tu amas-me, Marta?

- Sim, Ana eu amo-te e os teus pais também te amam muito!

A Ana sorriu.

Beijamo-nos. Despimo-nos, como tantas vezes tínhamos feito mas, desta vez, não conseguimos ir mais longe. O choque das revelações bloqueou-nos o tesão. Ficamos abraçadas, a trocar carícias e beijos, sem dizer mais uma palavra.

Uma buzina no exterior da casa anunciava a chegada do meu pai para me levar embora. Após entrar no carro e cumprimentá-lo, o meu pai perguntou:

- Sabes com quem estive hoje? O Dr. Gustavo, o pai da tua amiga.

Tremi.

- Ai sim?

- Sim! Falou-me muito bem de ti e da amizade que tens pela Ana.

- Óptimo…

- Ah! E pediu-me para te transmitir um recado.

“Não acredito!”

- Pediu para passares pelo consultório dele amanhã de tarde quando saíres das aulas. Parece que tem lá qualquer coisa para te mostrar, mas não percebi muito bem o que era… Sabes o que é?

- Sei, sim… - respondi com medo que o meu pai me perguntasse mais pormenores.

- Óptimo! E então, como foi o teu dia?

Estava safa daquela. Enquanto conversava com o meu pai sobre o meu dia, SMS do Gustavo: “O papá já te deu o recado? Estarei à tua espera. Hoje à noite vou ligar-te. Atende, mas não fales.”

Mal consegui jantar, esperando que o telemóvel tocasse. Não me consegui concentrar nos trabalhos de casa, nem em mais nada. As horas iam passando e o aparelho silencioso. Onze, onze e meia… Perto da meia-noite, tocou. Atendi.

Ruídos, passos, uma porta a bater. Passos. Uma voz feminina desconhecida:

- Estava a ver que a operação nunca mais acabava, Dr. Gustavo…

- Então porquê? – era a voz dele.

- Para me entregar completamente a si!

- Hmmm… sua puta! Em vez de estares concentrada no paciente estavas a pensar em foder? Que raio de enfermeira és tu?

- Uma enfermeira que é doida por esse corpo, por esse caralho! Estava e estou toda húmida!

- Quero ver isso!

Seguiu-se um grito agudo da mulher e o que veio depois é fácil de antever. A enfermeira deu tudo o que tinha ao meu amante, durante meia hora. Oral, anal, ambos se entregaram ao prazer de forma intensa, praticamente sem pausas. Deitada na minha cama, com o telemóvel em alta voz, completamente nua, imaginava que era a mim que o Gustavo fodia e masturbava-me.
Gustavo descrevia o que acontecia, não sei se por puro tesão, ou com o objectivo de me informar detalhadamente do que se estava a passar.
Num momento em que a enfermeira engolia todo o sémen do meu amante, a chamada caiu.
Alguns minutos depois, SMS: “Ouviste? A ti vou fazer bem pior!”

9 comentários:

  1. eu ja li muita coisa deste tipo de historias, e todas escritas por homens, mas as tuas sao as mais doentias de todas, depois dizem que os homens isto e aquilo

    um conselho, vai-te tratar rapariga que tu es doente

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  2. Manda esse anónimo para o caralho xD

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  3. Obrigada, mais uma vez, Escritor Erótico.

    Anónimo de 31 de Outubro às 8h42, agradeço a sugestão mas, tirando uma constipaçãozita, estou muito bem de saúde.

    Anónimo de 31 de Outubro às 15h16, obrigada pela dica, mas acho que não vale a pena. Gostou da história?

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  4. Olá Marta!
    Estive a pensar e ocorreu-me uma ideia que penso ser benéfica para os dois e gostava de saber se estás disposta a falar comigo sobre isso. Se quiseres falar podes deixar um comentário com o teu mail em algum conto do meu blog que não será divulgado, ou podes até deixar aqui no teu, tu é que sabes. Espero que penses no que disse.
    Abraço ;)

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  5. LOL é só rir com esta pita estúpida

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  6. Escritor Erótico, diz-me qual o teu blog e vou passar por lá. Beijinho*

    Anónimo de 3/11 às 04:22. Ainda bem que acha piada :) Espero que continue a ler

    Anónimo de 3/11 às 10:29, Devido a compromissos profissionais, não tenho tido tempo para escrever. Talvez durante o fim de semana publique a próxima história.

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  7. http://contoseroticosepornograficos.blogspot.com/

    Aqui está o link, fico à espera. ;)

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