sábado, 29 de outubro de 2011

A surpresa

- Pareces perdida…

- Ah?

Voltei-me. A mãe da Ana, a mulher legítima do homem que acabava de sair de dentro de mim.

- Sim, estás aqui no meio da cozinha, são quase quatro da madrugada. Posso saber o que fazes aqui?

- Tive fome… vim comer um iogurte…

- E porque não estás junto ao frigorífico? É lá que guardamos os iogurtes…

Não sabia o que dizer…

- Pois, deve ser do sono… estou meia atordoada…

- Claro, claro. Senta-te. Precisamos conversar.

Gelei. Será que ela desconfiava? Ou saberia mesmo de algo? Terá ouvido o que se passou minutos antes naquele preciso local?

- Sabes que aprecio a tua amizade com a Ana. Vocês dão-se bem e sei que a vossa relação é boa para a minha filha. Gosto quando vens cá a casa, mas há algo que me perturba.

As palavras eram afáveis, mas o tom era frio e inexpressivo.

Continuou:

- Estás vestida com uma t-shirt que mal te tapa o rabo e consegui ver que trazes um reduzido fio dental por baixo. Por sorte cruzaste-me comigo. Imagina que era o meu filho, ou o meu marido… por falar nisso, não o viste por aí?

- N.. não…

- É que quando acordei ele não estava na cama… pensei que tivesse vindo cá baixo. Voltando ao que te estava a dizer, não gosto da maneira como desfilas por aí, quando ficas cá a dormir.

- Desculpe… não queria ser mal educada!

- Não tem mal, querida. Desde que me prometas que irás ter mais cuidado no futuro. Eu já tive a tua idade e sei como funciona a tua cabeça. Tens um corpo lindo e fazes muito bem em mostrá-lo, mas há formas de o fazer.

- Percebo…

- Como te disse há bocado, imagina que era o Gustavo ou o meu filho que apareciam aqui? O Bernardo, com a idade que tem, atira a tudo o que mexe e, já se sabe, que os homens na idade do meu marido ficam facilmente embeiçados por adolescentes de corpos perfeitos. E, apesar do teu corpo de mulher, ainda és menor.

- Percebo isso tudo e, mais uma vez, peço desculpa… estou muito envergonhada!

Não estava. Mas aquela era a altura de fazer o papel de “santinha”.

- Eu aqui com vocês sinto-me em família, por isso é que me comporto como se estivesse em casa. Não quero que olhem para mim com outros olhos…

Nesta altura a D. Graça fixou o meu olhar e notei algo familiar. Uma conjugação dos elementos do rosto que me faziam lembrar a Ana antes de fazermos amor! “Raios! Devo estar maluca”. De facto, a respeitável senhora que estava à minha frente era o único membro daquela família a quem eu ainda não tinha “posto as mãos”. Mas só podia estar a alucinar, também ela se atirava a mim? “Não, pode ser.”

A D. Graça abandonou a sua pose séria e sorriu:

- Vai lá buscar o teu iogurte e depois vai dormir, que eu vou fazer o mesmo.

Nisto, aparece Gustavo, vindo do jardim:

- Será que ninguém tem sono nesta casa?

- Olá querido! Por onde andaste?

- Fui ao jardim, pareceu-me ouvir um barulho vindo de lá. Dei uma volta, mas não vi nada… deve ter sido apenas impressão minha.

- Sendo assim, vamos para a cama.

E despediram-se de mim. Lá fui comer o iogurte e voltei para o quarto. Ao chegar ao cimo das escadas, ouvi ruídos do quarto deles. Pareciam estar a conversar. Invadida por um lampejo de curiosidade, resolvi ir escutar junto à porta.

- Conta-me… conta-me tudo o que fizeste com ela!

E ouvi o Gustavo descrever pormenorizadamente, e utilizando o mais sujo calão, tudo o que se tinha passado entre nós na cozinha.
Estava em choque. Todo aquele sermão tinha sido uma encenação!

- Agora faz comigo o que fizeste com ela! Come-me o cu!

- O sabor dela ainda deve estar impregnado no meu caralho… não queres provar?

- Oh! Sim!

E seguiram-se vários minutos de sons sexuais, obscenidades e o meu nome repetido várias avezes, por ambos. No meio dos devaneios de ambos, Acabei por descobrir que o meu fio dental tinha sido utilizado pela D. Graça. Caramba, eles usavam-me para se excitarem! Enquanto escutava, conduzi dois dedos para dentro de mim e masturbei-me até ao orgasmo, e depois outro e mais outro… Nem pensei que a Ana podia acordar e sentir a minha falta na cama. Só pensava em abrir a porta do quarto e juntar-me a eles. Arrisquei e abri muito ligeiramente a porta. Embrenhados como estavam em darem prazer um ao outro e a obterem o máximo dos seus corpos, nem repararam. O corpo do Gustavo já me era familiar, mas fiquei agradavelmente surpreendida pelas formas da D. Graça. A Ana tinha a quem sair. Apesar da idade, os seios eram firmes. A Ana tinha-me dito que a mãe tinha posto silicone. Com a pouca luz, era difícil perceber, contudo as duas protuberâncias desafiavam orgulhosas as leis da gravidade. A pele era lisa e bem cuidada. Notava-se nos seus gestos e na forma de se entregar ao marido a experiência de muitas camas. 

Quando ambos se deram por satisfeitos e eu preparava-me para voltar à cama, o diálogo sobre mim continuou:

- E agora? Quando e onde a vais voltar a foder?

- Não sei… o que sugeres?

- No teu consultório! Ligas a webcam que tens no PC e eu posso assistir aqui em casa!

Se já estava excitada, ainda mais fiquei! Voltei para a cama, idealizando uma forma de tornar esse momento inesquecível para os três… 

7 comentários:

  1. está muito bom, mas esta trama está a ficar retorcida demais para os meus gostos

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  2. Simplesmente...FANTÁSTICO!!

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  3. Gostei mesmo muito. E a intriga que estás a dar à história está bestial. Descobrires que estás envolvida numa teia de jogos sexuais, muito boa ideia. Parabéns, continua assim, ou melhor.

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  4. Obrigada Escritor Erótico e Fernando Pessoa :)

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  5. Não é preciso agradecer. Afinal o bom trabalho tem de ser reconhecido ;)

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  6. estas gajas dagora é só putas

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