A cada momento que passava sentia-me mais dividida. Por um lado, atraída pelo tesão, pelo prazer… mas por outro, com medo de estar a ultrapassar um ponto sem retorno.
Contei à Ana que, naquela tarde, estaria com o pai dela. Reagiu friamente o que aumentou a minha apreensão. No entanto, as memórias dos momentos que já tinha vivido com o Gustavo aliadas à ansiedade de ser novamente possuída por ele, faziam-me avançar sem temer e com uma onda de desejo que percorria todo o meu corpo.
Antes de sair da escola fui ao WC e tirei as cuecas. Quando estava mesmo a chegar ao consultório do Gustavo, mandei-lhe uma SMS: “Estou de saia, sem cuecas e quase a chegar. Quero-te bem teso!”
Estava decidida que, desta vez, seria eu a controlar, a usar e a abusar.
O consultório ficava numa luxuosa clínica privada. A sala de espera estava com meia dúzia de pessoas. Dirigi-me à recepção. Ao falar com a recepcionista, interrogava-me se, também ela, já teria caído nas garras dele. Indicou-me o caminho e mandou-me entrar.
Enquanto caminhava comecei a sentir o meu suco deslizar para o exterior, percorrendo a vulva e chegando às coxas. Nunca na vida me tinha sentido com tanta vontade de sexo.
Nem bati à porta. Gustavo estava sentado atrás da secretária. Vi de imediato a webcam que, provavelmente, já estaria ligada. Avancei sem dizer uma palavra. Os olhos dele ardiam de desejo. Avancei. Conforme tinha pedido, ele apresentava-me um pénis erecto, rubro, ansioso por me penetrar. Abri as pernas por cima da cadeira e deslizei aquele membro duro para dentro de mim. Finalmente!
Cavalguei-o como nunca o tinha feito, lentamente, sentindo-o a preencher-me completamente. Sabia que estava a ser vista pela legítima. No meu íntimo, encarei aquela foda como um desafio. A cada movimento das minhas ancas, sentia ondas e ondas de prazer, muito perto do orgasmo. A minha sensibilidade estava nos píncaros e o meu clítoris perto da explosão. Deixei-o desapertar-me a blusa, o soutien e sugar-me as mamas. Neste momento, poderia jurar que entrei em transe. A minha mente viajou para outros mundos, deixei de ver o homem que estava dentro de mim, o espaço onde estávamos. Perdi a noção de quem era e de onde estava. Um prazer como nunca tinha sentido. E aumentei a velocidade. A espaços ouvia o barulho da cadeira a protestar contra o esforço a que era submetida. Não sei se gritei, mas é natural que o tenha feito de forma exagerada.
Depois, veio o orgasmo e, nesse mágico momento, voltei àquele consultório e ao homem que me possuía. Podia ler nos seus olhos que, também ele estaria prestes a vir-se. Mas aquela foda era a minha foda.
Decidi ficar por ali. Vesti-me, deixando desta vez o soutien como lembrança:
- Se quiseres voltar a ver-me…
E abandonei o consultório da mesma forma como tinha entrado.
Mas eu não queria voltar a estar com o Gustavo. Cada vez mais tinha a sensação de que as coisas não iriam correr bem.
De imediato, mandei SMS à Ana “preciso estar contigo”.
Apesar de sexualmente ter acabado de ter uma experiência inesquecível, sentia-me vazia, oca. Precisava mesmo da Ana, a única pessoa que, para além de me proporcionar prazer, fazia-me sentir algo, fazia o meu coração vibrar.
“O que se passa? Não devias estar com o meu pai?”
“Já estive. Mas não estou bem.”
Quando nos encontramos, só consegui abraça-la com toda a minha força e chorar copiosamente no ombro dela.
Ao fim de alguns minutos, lá me recompus e contei-lhe, sem entrar em grandes pormenores, o que tinha acontecido.
A Ana estava sozinha em casa e fomos tomar um banho juntas. Enchemos a banheira de espuma e ali ficamos a trocar carinhos e prazer.
Depois de nos secarmos fomos para a cama. A determinada altura diz a Ana:
- Sabes, amor… eu adoro estar contigo e o prazer que me dás, mas não achas que falta aqui algo?
- Puta! Queres uma pila, não é?
- Quero! Então, se és tu que queres, pega no telemóvel e liga a quem quiseres…
Apesar de ter ficado com o meu soutien de recordação e com uma falsa promessa de um novo encontro, o Gustavo nunca mais tentou estar comigo.
Eu e Ana amávamo-nos e éramos fiéis uma à outra. Continuamos a estar juntas, sozinhas, ou a três mas, cada vez mais, a nossa relação transcendia o sexo. O terceiro elemento era apenas um complemento para nos proporcionar um prazer maior.
Entretanto, entramos para a faculdade. Cursos diferentes, em cidades diferentes e as nossas vidas mudaram, principalmente a minha…
foi um fim um bocado xoxo, mas fico feliz que tenha acabado, como ja disse acho que estava a ficar muito retorcido
ResponderEliminarNão terminou... As memórias continuam.
ResponderEliminarA(s) mesma(s) personagem(s) noutros contextos.
Ola Marta! Tive hoje o primeiro "contacto" contigo! comecei pelo inicio, o que quer dizer que foi pelo fim... adorei a forma como descreveste tudo ate aqui! Parabens
ResponderEliminarganhaste um fa
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